14 julho 2018

SÁ - GENEALOGIA

S Á - GENEALOGIA:
        (Pesquisa revisada em Setembro de 2017).
Foto acima pertence ao Castello ATHADARA.


SÁ:
         Nosso sobrenome é de origem geográfica. Topônimo de Portugal. Provavelmente de uma palavra gótica sala: “casa”, depois Saa e Sá; que deu o italiano - sala, casa, habitação, na idade média a parte do castelo destinada aos servos. No português medieval Sala: Vila Sala, Sala de Barrosas;  vila- documentado em 1059, sala - documentado em 1077. Em galego Saa.
         Da série de gerações que se pode dar como os mais prováveis, o ascendente de maior Antiguidade que se tem registro é Rodrigo Annes de Sá (séc. XIII), que se casou com Maria Rodrigues do Avelar e deixaram numerosa descendência (dos quais descendem diversas famílias de sobrenome Sá, espalhadas pelo Brasil); dentre estes vários filhos que tiveram, destaca-se Paio Rodrigues de Sá, que viveu pelos anos de 1300, no reinado de D. Diniz I, no Concelho de Lafões. Paio teve um filho João Afonso de Sá (vassalo dos reis D. Afonso IV ( 1357) e D. Pedro I ( 1367), foi senhor da Quinta de Sá, no termo de Guimarães e ali é o solar de nossa família Sá). João Afonso de Sá casou-se com Teresa Rodrigues de Berredo, e tiveram filhos (faltam os nomes???) que seguiram o sobrenome Sá e continuaram as linhagens.
        Aqui no Brasil, registra-se a família SÁ nos seguintes locais:
         No Maranhão: registra-se a passagem de Artur de Sá - foi Governador do Maranhão e do Rio de Janeiro, e descobridor das minas - 11° neto do citado Rodrigo Annes de Sá, patriarca de nossa família Sá, em Portugal.
         No Espírito Santo: a família de Sebastião de Sá (ì+/-1634- Vitória-ES ?), era filho de Pedro Carrasco & Isabel Rodrigues. Sebastião teve filhos do seu casamento (em 1664 no Rio de Janeiro) com Maria de Abreu (filha de Antônio da Costa).
         Na Bahia: a família de Bartolomeu Madeira de Sá (era em 1591, aluno dos jesuítas, tendo sido depois licenciado), era filho de Pedro Madeira & Inês de Sá. Bartolomeu teve filhos do seu casamento (em 1599 - Bahia) com Maria de Lemos Landim (ì1571-Bahia ?), filha de João Rodrigues Palha (família Palha da Bahia).
         No Rio Grande do Sul: a família de João de Sá (ì+/-1701 - São Gonçalo de Val de Lobo, bispado de Miranda ?) casou-se com Maria do Ó (ì+/-1703 -São Miguel do Felgar, arcebispo de Braga ?) tiveram filhos, por volta de 1726, na Colônia do Sacramento, e estes descendentes foram aparentados com as famílias Jarmélo, Alvares dos Santos, Rodrigues de Carvalho, Secco e Rodrigues dos Santos, entre outras. Também a família de José Maria de Sá (ì1803 -Arcos de Val de Vez 1855-Rio de Janeiro), era filho de Francisco Bernardo de Sá & Ana Joaquina Malheiro. José Maria de Sá era proprietário de uma fábrica de sabão na Praça do Rio de Janeiro; casou-se (em 1826 no Rio Grande-RS) com Josefa Maria da Cunha (ì1810 -Rio Grande-RS  1860 –Rio de Janeiro), era filha do Comendador Miguel da Cunha Pereira & Maria Antônia Vieira da Cunha; Josefa era neta paterna de outro Miguel da Cunha Pereira (patriarca da família Cunha Pereira do RS); e era neta materna do Capitão José Vieira da Cunha (patriarca da família Vieira da Cunha do RS); José Maria & Josefa deixaram filhos. Também no RS, a família de Gabriel Teodoro de Sá (filho de Manuel João Lourenço de Sá & Justa da Fonseca) casado com Inácia da Silva (filha de Eusébio da Silva Carvalho & Maria Ferreira da Fonseca). Gabriel & Inácia foram pais do Tenente de Cavalaria do RS - Joaquim Inácio de Sá (ì? Colônia do Sacramento); Joaquim teve mercê da Carta de Brasão de Armas (Brasil Heráldico: datado de 14/10/1796; registrado no Cartório da Nobreza, livro V, fl. 147; era um escudo partido em pala: na primeira pala, as armas de nossa família Sá; e na segunda pala, as armas da família Silva).
         Em Goiás: os Sá de Goiás (que não são nossos parentes) procedem de uma história “engraçada” de Matias Correia de Figueiredo (ì? - Braga 1783- Pirinópolis - GO), que na quarta década do séc. XVIII foi para Sorocaba - SP, e casou com Escolástica dos Santos Robalo, de Sorocaba. Este Matias, por motivos decorrentes de relações ilícitas com uma nobre dama sorocabense, “abandonou” a cidade, e rumou para Goiás, onde “adotou” (por meios “estranhos ou ilegais”) o nome de Alexandre Pinto Lobo de Sá (“bom disfarce”), estendendo-se aos seus descendentes o pseudo-sobrenome Sá (fonte: J. Jayme, Pirinópolis, I, 289).
Linha Africana: a família do Coronel Francisco José de Sá (ì1861 ?) (“Chico Sá” - “forro”), filho de José Joaquim de Sá & Joana Inácia Guerra [escrava liberta por 350$000, em 1859]. “Chico Sá”, liberto, mediante quantia de 32 oitavas de ouro; “Chico Sá” casou-se (em 1886 – Pirinópolis -GO) com Antônia Lina da Costa, deixando vários filhos.
         Em Pernambuco: os Cristãos Novos (o sobrenome Sá foi usado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497) – a exemplo da família de Antônio Maia de Lima [Tabelião do Público e Judicial de Barcelos] (filho de Duarte Fernandes do Rego & Branca Maia de Lima) que se casou com Isabel Dias de Sá (filha de Francisco Rodrigues Mercador & Gracia Dias > sendo esta filha de Diogo Pires & Ouro Inda (ambos judeus) residentes em Barcelos, convertidos ao catolicismo, em 1497) e tiveram filhos.
         No Rio de Janeiro: a família de Pedro de Sá (ì+/-1590 1686-RJ), filho de Pedro Rafael & Maria de Sá. Pedro de Sá casou-se (+/-1626) com Guiomar do Souto e tiveram filhos.
         Há registros (feitos pelo genealogista Rheingantz, III, 129) de mais de 10 famílias Sá nos séculos XVI e XVII no Rio de Janeiro. Cabe registrar Mem de Sá (ì+/-1493 1552), 3º Governador Geral do Brasil, era irmão do poeta Francisco de Sá de Miranda (ì1495 1558), ambos filhos de Gonçalo Mendes de Sá (sétimo neto do citado Rodrigo Annes de Sá - patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Também a família Corrêa de Sá, que teve princípio com o casamento de Gonçalo Corrêa & Felipa de Sá (sendo ela filha de Martim de Sá, e, por via deste, oitava neta do citado Rodrigo Annes de Sá - patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Parente dos Corrêa de Sá e de Mem de Sá registra-se: Estácio de Sá (ì? 1567) (era filho de Álvaro Pires de Sá, e 8° neto do citado Rodrigo Annes de Sá, patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Estácio de Sá (em 1565) foi fundador da Cidade Velha, no Morro Cara de Cão, hoje bairro da Urca no Rio de Janeiro, faleceu combatendo os tamoios, na batalha de Uruçumirim, onde hoje é a praia do Flamengo. No mesmo ano (1567), seu primo Mem de Sá (acima citado), fundava a Cidade Nova, no Morro do Januário, depois Castelo; sendo - Salvador Corrêa de Sá (outro parente) o 1º Governador da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Linha Indígena: a família de Artur de Sá (não sei se o mesmo governador citado anteriormente no Rio e posteriormente no Maranhão), que teve filhos no seu primeiro casamento com Maria Fernandes (“mameluca”) (em 1620), e filhos no seu segundo casamento com Esperança (“mameluca”) (em 1622).















Heráldica: I - um escudo enxadrezado de prata e de azul, de seis peças em faixa e sete em pala (Anuário Genealógico Brasileiro, IX, 299);
II - um escudo enxadrezado de vinte e uma peças de azul.
ARMAS: a família Sá traz um brasão xadrezado de prata e azul, de cinco peças em faixas e seis em pala. Timbre um búfalo de prata sainte, enxadrezado de negro armado de prata e com uma argola de ouro nas ventas (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 110).
     ou     

              Esta pesquisa está sendo atualizada, faltando informações, pois minha avó Eurísia de Sá faleceu cedo (ì09/3/1918 - Cantagalo - RJ 06/5/1969; 5h 15min – Friburgo - RJ de hemorragia cerebral) e tinha somente uma irmã – Conceição de Sá. Foram criadas numa antiga fazenda em Monnerat (o nome deveria ser fazenda “Bandeirantes”??? – segundo o que minha mãe conseguia se lembrar); e elas (minha avó e sua irmã) foram separadas ainda muito pequenas (lá em Monnerat  - Duas Barras –RJ).
 Obs: sobre Monnerat – Em 08/11/1859 começava a ser construída a Estrada de Ferro que ligaria Niterói a Cantagalo. Nesta época as grandes vedetes da Corte eram as locomotivas. Em 1857 o Barão de Nova Friburgo possuía 23 fazendas entre Nova Friburgo e Cantagalo e palacetes como o Palácio do Catete no Rio de Janeiro. Entre outros interesses do Barão, ele assumiu a Sociedade Anônima-Estrada de Ferro Cantagalo mais ou menos em 1860. Entre 12/3/1870 e 18/12/1873 foram realizadas as obras da estrada de ferro entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, o trem ia até a Tapera e a localidade de Monnerat. O prolongamento da estrada de ferro, daí até Santa Maria Madalena, passando por Cantagalo até Macuco foi inaugurado em 16/9/1876. Assim o progresso começou nestas áreas próximas a Monnerat.
               Um censo feito em 1872, mostra que havia 3091 pessoas em Duas Barras (e Monnerat), sendo 1886 livres (41% homens = 1270 e 20% mulheres = 616) e 1205 escravos (24% homens = 741 e 15% mulheres = 464) e que 80% da população destas áreas, eram analfabetas. Ainda nesta pesquisa constam 159 estrangeiros (102 africanos escravizados; 41 portugueses; 11 italianos e 5 alemães).
               O trem trouxe também professores, que lecionavam em escolas públicas e em fazendas. Em 1879 já existiam oito professores: João Soares da Silva; Augusta Amalia da Costa Botelho; Serafim José Botelho; Simplícia Maria Vieira; Joaquim Fernandes de Oliveira; Claudino José das Chagas Ramalho; o vigário José Sebastião Moreira Maia e Manoel Antunes Dragueiro e Sá (este provavelmente parente ou antepassado de minha avó, devido ao único registro de Sá da região naquela época.???).










Obs: Família Thomaz do Cantão de Fribourg, Suíça, estabelecida na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, para onde passou Jacques Thomas [c.1799, Fribourg -], contratados na qualidade de colonos para trabalhar na Colônia do Morro Queimado, segundo tratado de 11/5/1818, assinado por Sebastien-Nicolais Gachet, encarregado dessa missão por seu governo na Suíça, junto à Sua Majestade, no Brasil. Desta colônia, originou-se o Município de Nova Friburgo - RJ. Compunham o grupo de colonos que embarcaram para o Brasil, entre 11/9/1819 e 10/10/1819, em sete navios: Camillus (com 119 colonos); Daphiné (197 colonos); Debby Elisa (233 colonos); Deux Catherine (357 colonos); Elizabeth-Marie (228 colonos); Heureux Voyage (442 colonos) e Urania (com 437 colonos).

S1) Descendência de João Thomaz de Sá (ì +/- 1873 +/- 1921) & Emília Chagas (ì+/- 1877 +/- 1921):

          Meus bisavós maternos morreram provavelmente em Cantagalo – RJ (ou Duas Barras, Monnerat ou Macuco ?!), já que naquela época todos os registros de nascimento ou óbito eram feitos em Cantagalo - RJ pela Igreja Católica ou “Cartórios”. João Thomaz de Sá morreu com aproximadamente 48 anos e Emília Chagas com aproximadamente 44 anos, quando minha avó Eurísia (filha deles) tinha menos de 3 anos, deixando-a órfã e sua irmã Conceição de Sá mais velha que minha avó aproximadamente uns 2 anos, ambas acabaram sendo separadas ainda pequenas e criadas separadamente em locais diferentes.
Filhas: S11) Eurísia de Sá (ì09/3/1918 -Cantagalo-RJ 06/5/1969 -Friburgo-RJ) (minha avó) e S12) Conceição de Sá (ì ??/?/191?-Cantagalo-RJ).




Foto de Eurísia de Sá: 

S1-1)Descendência de Eurísia de Sá (ì09/3/1918–Cantagalo  06/5/1969 –N. Friburgo)A11) Manoel de Abreu Junior (ì 08/01/19?? 193?): (Meus avós maternos)

Filha única (veja pág. 18):
SA1-1-1) Maria Adair de Abreu Teixeira (ì26/5/1939 16/7/2009 em Friburgo) - minha mãe.

          Minha avó materna Eurísia de Sá morou com sua filha Maria Adair (minha mãe) na antiga Rua Baronesa n° 88 casa 2 até o casamento de Maria Adair.  Avó Eurísia trabalhou muitos anos fazendo comida (refeição) para fora, com muita fartura (dizia meu pai Waldemar), em um fogão a lenha (carvão), num espaço sob a residência da família Rangel (na mesma e antiga Rua Baronesa em Nova Friburgo), espaço esse cedido por Dr. Rangel e Dona Lourdes.
         
 Reconhecida mais tarde pelo seu trabalho, por estes dois grandes amigos ou “Anjos” (que consideramos como parentes), ambos nascidos no Rio de Janeiro (antigo DF) Dr. Raul Pereira Rangel (ì31/8/1911 08/9/2003) {na época um dos diretores adjuntos do SNNF} e sua esposa Maria de Lourdes Muniz Rangel (ì23/4/1916 18/4/2001), ambos de grande coração, indicaram minha avó Eurísia para trabalhar na lavanderia e refeitório do HT do SNNF (Hospital dos Tuberculosos do Sanatório Naval de N. Friburgo) {matrícula no SNNF n° 1.936.418 com as seguintes funções e datas: lavadeira em 01/01/1952; lavand. e refeitório em 31/7/1953; serviçal nível 5.A. em 12/7/1960 até sua morte em 06/5/1969} – veja as duas fotos abaixo – uma externa e outra interna da lavanderia do HT do SNNF.
         Minha madrinha de casamento Regina Pereira Rangel (filha deste casal > Raul e Lourdes) foi desde infância e é até hoje amiga-irmã de minha mãe Adair, assim também como os demais irmãos de Regina > Rodrigo, Ricardo e Raul (já falecido). Ricardo Muniz Rangel num e-mail enviado em 11/9/2007 para mim disse: - vendo a foto de sua avó, me lembrei daqueles bons tempos e até das broncas que sua mãe levava quando fazia alguma coisa errada, coisa da qual nós, certamente, éramos co-autores.  Dizia sua avó (Eurísia): "eu te belisco, Adairzinha!"
 
             Lembro-me que ia buscar minha avó Eurísia, lá (SNNF) todo final de tarde com minha mãe, e pelo caminho, na subida do Sanatório, eu ia pegando “pinhas” pela estrada.
            Até hoje gosto de “pinha cozida”. Ganhei dela um carrinho do Corpo de Bombeiros (inesquecível). Como cozinhava muito bem (por isso também a minha mãe herdou este costume), fazia super festas para mim, com muitos doces (uma bolinha de mamão verde cristalizado...), fantásticos bolos (sempre com motivos interessantes) e junto com uma antiga amiga dela (Maria Augusta) inesquecíveis e artesanais empadinhas (meus aniversários eram ótimos!). Sobre estas empadinhas citadas anteriormente, Ricardo Muniz Rangel também no mesmo e-mail do dia 11/9/2007 (citado na página anterior...) disse: - Você falou sobre as empadinhas. Disto eu me lembro muito bem. Como eram saborosas!
No outro dia, eu comí uma empadinha ótima numa lojinha aqui de Brasília e comentei com Jacira (esposa de Ricardo) que a empadinha estava muito boa, mas não se comparava àquelas, de Friburgo, feitas por sua avó (Eurísia).
Da. Eurisia era uma excelente cozinheira e acho que mamãe (D. Lourdes) aprendeu muito com ela.
Amigão, como é bom a gente poder ter saudades! É sinal que vivemos bons momentos que nos marcaram muito.
Não deixemos nunca que as saudades sejam alimentadoras de sentimento de tristeza, mas sim de agradecimento a Deus por nos ter permitido desfrutar de tantas alegrias!
          Em Outubro de 2008, vasculhando documentos antigos com minha mãe Adair, encontramos uma das receitas originais destas empadinhas, manuscrita com a própria letra de minha avó.
          O mesmo valor e reconhecimento pelo trabalho dado por Dr. Rangel e D. Lourdes (mencionados anteriormente), se repetiu na amizade feita pelo Dr. Pedro Rodrigues (pediatra) e sua esposa Eda (na época vizinhos de minha avó Eurísia), que também “pegavam pensão” nos alimentos feitos por ela (Eurísia), gerou uma nova relação de amizade entre eles, tendo como consequência o convite feito por minha avó, para que eles fossem padrinhos de casamento de minha mãe (Maria Adair) aos dezenove anos de idade, na Igreja Santo Antônio na Praça do Suspiro, em 27/12/1958 e assim foi feito.

Na foto ao lado temos dona Eda, o casal Waldemar e Maria Adair e o Dr. Pedro Rodrigues.


  SA1-1-1) Maria Adair de Abreu Teixeira (ì26/5/1939 16/7/2009 -Friburgo):

Minha mãe tinha olhos verdes, única filha deste casal (Eurísia e Manoel). Casou-se com meu pai Waldemar Teixeira (ì05/5/1928 11/01/2012) em 27/12/1958 (data escolhida por meu pai, pois seus pais – Leonor & Antonio – também se casaram nesta data após o Natal). Maria Adair e Waldemar tiveram dois filhos:
(eu) João Angelo©A+ (ì22/02/1960) casado com Rejane Amador ©A+ (ì22/10/1964) e minha irmã Beatriz Maria Teixeira ©B+ (ì19/10/1967) casada com Vicente de Paula Guerra (ì13/5/1963-Sto Antônio do Aventureiro-MG). Maria Adair e Waldemar tiveram um neto: João Vicente Teixeira Guerra (ì09/6/2004) – filho de Beatriz com Vicente.
Adair passou maus momentos, depois de um corte na perna, na enchente de 1996, onde abriu uma ferida de difícil cura até o final de sua vida. Desesperou-se muito, mas graças a Deus, à fé e o companheirismo de meu pai, além dos cuidados sábios e delicados de Beatriz como enfermeira diária e incansável, mamãe teve um quadro estável.
              Gostaria que mamãe tivesse voltado a ser forte intimamente, como sempre fora, batalhadora, super protetora de nós todos de casa, nos defendendo até quando estávamos errados. Mulher de fibra e guerreira impunha sempre seus desejos e vontades sobre nós, na garra ou até nos dobrando com seu jeitinho. Era super legal, exagerando nos presentes que sempre me deu e na comida que fazia e nos mandava (para minha esposa e eu nos deliciarmos com sua culinária...) quase toda semana até seus últimos dias por aqui. Mesmo depois que me casei, ela ainda mandava a “feira” que fazia semanalmente como “presente” para minha esposa (Rejane) e eu. Cozinhava extremamente bem (foi assim que ela “pegou” meu pai – com um pavê que fez...) fato que herdou de minha avó Eurísia (a boa gastronomia). Assistia aos programas gastronômicos da apresentadora Ana Maria Braga na TV Globo, gravados em 2001 pelo meu pai, em VHS, para ela (enquanto esteve doente em casa – com problemas na perna) e desta maneira aprendendo as mais gostosas receitas.
 Quando solteira mamãe sempre morou com minha avó Eurísia na antiga Rua Baronesa n° 88 na casa 2, e ela trabalhava como balconista e atendente, entre 1954 e 1958, numa loja de doces - “Confeitaria Hamburgo”, situado à Rua Farinha Filho e, posteriormente, à Avenida Alberto Braune, já então com o nome de “Danúbio Azul”; pertencia ao Sr. Henry Moryc e sua esposa Lydia Therezinha Capossi. Mamãe sempre ajudou minha avó. Trabalhou 26 anos como inspetora de disciplina no Colégio Profa Odette Penna Muniz. Todos os professores, diretores e vários alunos gostavam muito dela; sempre manteve a ordem e o respeito na escola onde trabalhávamos juntos (eu era o prof. de ciências desta escola); minha mãe aliás, era a única que conseguia manter a ordem e organizar a escola segundo a opinião dos professores (às vezes só com o olhar dela – os lindos olhos verdes!).
          Logicamente como toda mãe, sempre organizou minhas roupas desde pequeno, me penteava e passava “gumex” no meu “topete” antes de sair e ir para a escola (fez o mesmo em 2007, 2008 e 2009 com o seu neto – João Vicente – e este além de vaidoso e perfumado, gostava do que sua avó Adair fazia!) e me levava e apanhava lá, todos os dias. Quando saía do colégio, às vezes ela me levava à Padaria do Melinho, para comer um super roscão “corujão” da época; às vezes me comprava “japonês” (um biscoito tipo casquinha de sorvete, na porta do colégio Anchieta); de vez em quando passávamos pela Rua Alberto Braune, numa pastelaria e tomávamos um suco de coco, quando não comíamos “churros”.
Incrível que nesta época mamãe e eu éramos “magros”!!! Depois é que engordamos muitos anos à frente (?!).
         Mamãe nos deu um grande susto em 23/6/2008, depois de uma forte dor de cabeça e duas fisgadas posteriores a esta cefaléia, foi socorrida inicialmente por minha esposa Rejane, que chegou primeiro lá na casa dela, seguida por mim, onde acionamos uma ambulância, levando-a para Unimed ao encontro de minha irmã (Beatriz, que estava de plantão neste hospital...), onde foi detectada um aneurisma de grande risco, tranferindo-a no mesmo dia para outra cidade - Itaperuna – RJ, com maior recurso, onde conseguimos salvá-la, no Hospital São José do Avaí. Fizeram uma cirurgia inicial da carótida externa esquerda (aproximadamente 3 horas), dias depois duas intervenções em tentativa de embolização do aneurisma cerebral; por mais de 21 dias internada no HSJA, deprimida, tentando sobreviver e conseguiu, graças a Deus, a equipe excelente de médicos e enfermeiros do HSJA (dos quais muitos se tronaram amigos dela e de mim que fiquei maior parte do tempo lá no hospital de Itaperuna com ela, nos finais de semana Bia também ia para lá, Rejane também nos acompanhou e dormiu no hospital, para eu descansar num hotel, e posteriormente também o Vicente que lá esteve por três dias também alternando comigo). Foi um grande desgaste emocional para todos nós, sendo que papai foi quem mais decaiu com o fato, e o pequeno João Vicente (com 4 anos) sentiu bastante a ausência da avó ao seu lado diariamente.
Mamãe sobreviveu por mais um ano. Quando papai quebrou o fêmur, foi operado e passou por maus momentos, mamãe começou a decair, mas não o largava um só instante, cozinhando, dando-lhe remédios, etc... por mais de vinte dias sofrendo internamente, nos omitiu uma hérnia que encarcerou e a levou a óbito em 16/7/2009 por volta das 7 horas da manhã, no CTI da Unimed de Friburgo, após uma semana de sofrimento pós cirúrgico, anúrica e ligadas a aparelhos. Não resistiu. Seu amor por meu pai (nos seus 50 anos de casada) foi mais forte, ela vendo-o sofrer, se entregou literalmente para partir antes dele. Duro golpe para todos nós!!!  




S1-2) Descendência de Conceição de Sá (ì??/?/191? –Cantagalo.  ??/?/19??) & ???:


Também filha de  João Thomaz de SáEmília Chagas, quando ficou órfã e sua irmã Eurísia de Sá (minha avó materna) e ambas acabaram sendo separadas ainda pequenas, criadas separadamente em locais diferentes. Estou procurando há vários anos, com ajuda de minha esposa Rejane Amador (através de seus amigos dos Fóruns e Cartórios do interior), porém sem sucesso até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.