14 julho 2018

SÁ - GENEALOGIA

S Á - GENEALOGIA:
        (Pesquisa revisada em Setembro de 2017).
Foto acima pertence ao Castello ATHADARA.


SÁ:
         Nosso sobrenome é de origem geográfica. Topônimo de Portugal. Provavelmente de uma palavra gótica sala: “casa”, depois Saa e Sá; que deu o italiano - sala, casa, habitação, na idade média a parte do castelo destinada aos servos. No português medieval Sala: Vila Sala, Sala de Barrosas;  vila- documentado em 1059, sala - documentado em 1077. Em galego Saa.
         Da série de gerações que se pode dar como os mais prováveis, o ascendente de maior Antiguidade que se tem registro é Rodrigo Annes de Sá (séc. XIII), que se casou com Maria Rodrigues do Avelar e deixaram numerosa descendência (dos quais descendem diversas famílias de sobrenome Sá, espalhadas pelo Brasil); dentre estes vários filhos que tiveram, destaca-se Paio Rodrigues de Sá, que viveu pelos anos de 1300, no reinado de D. Diniz I, no Concelho de Lafões. Paio teve um filho João Afonso de Sá (vassalo dos reis D. Afonso IV ( 1357) e D. Pedro I ( 1367), foi senhor da Quinta de Sá, no termo de Guimarães e ali é o solar de nossa família Sá). João Afonso de Sá casou-se com Teresa Rodrigues de Berredo, e tiveram filhos (faltam os nomes???) que seguiram o sobrenome Sá e continuaram as linhagens.
        Aqui no Brasil, registra-se a família SÁ nos seguintes locais:
         No Maranhão: registra-se a passagem de Artur de Sá - foi Governador do Maranhão e do Rio de Janeiro, e descobridor das minas - 11° neto do citado Rodrigo Annes de Sá, patriarca de nossa família Sá, em Portugal.
         No Espírito Santo: a família de Sebastião de Sá (ì+/-1634- Vitória-ES ?), era filho de Pedro Carrasco & Isabel Rodrigues. Sebastião teve filhos do seu casamento (em 1664 no Rio de Janeiro) com Maria de Abreu (filha de Antônio da Costa).
         Na Bahia: a família de Bartolomeu Madeira de Sá (era em 1591, aluno dos jesuítas, tendo sido depois licenciado), era filho de Pedro Madeira & Inês de Sá. Bartolomeu teve filhos do seu casamento (em 1599 - Bahia) com Maria de Lemos Landim (ì1571-Bahia ?), filha de João Rodrigues Palha (família Palha da Bahia).
         No Rio Grande do Sul: a família de João de Sá (ì+/-1701 - São Gonçalo de Val de Lobo, bispado de Miranda ?) casou-se com Maria do Ó (ì+/-1703 -São Miguel do Felgar, arcebispo de Braga ?) tiveram filhos, por volta de 1726, na Colônia do Sacramento, e estes descendentes foram aparentados com as famílias Jarmélo, Alvares dos Santos, Rodrigues de Carvalho, Secco e Rodrigues dos Santos, entre outras. Também a família de José Maria de Sá (ì1803 -Arcos de Val de Vez 1855-Rio de Janeiro), era filho de Francisco Bernardo de Sá & Ana Joaquina Malheiro. José Maria de Sá era proprietário de uma fábrica de sabão na Praça do Rio de Janeiro; casou-se (em 1826 no Rio Grande-RS) com Josefa Maria da Cunha (ì1810 -Rio Grande-RS  1860 –Rio de Janeiro), era filha do Comendador Miguel da Cunha Pereira & Maria Antônia Vieira da Cunha; Josefa era neta paterna de outro Miguel da Cunha Pereira (patriarca da família Cunha Pereira do RS); e era neta materna do Capitão José Vieira da Cunha (patriarca da família Vieira da Cunha do RS); José Maria & Josefa deixaram filhos. Também no RS, a família de Gabriel Teodoro de Sá (filho de Manuel João Lourenço de Sá & Justa da Fonseca) casado com Inácia da Silva (filha de Eusébio da Silva Carvalho & Maria Ferreira da Fonseca). Gabriel & Inácia foram pais do Tenente de Cavalaria do RS - Joaquim Inácio de Sá (ì? Colônia do Sacramento); Joaquim teve mercê da Carta de Brasão de Armas (Brasil Heráldico: datado de 14/10/1796; registrado no Cartório da Nobreza, livro V, fl. 147; era um escudo partido em pala: na primeira pala, as armas de nossa família Sá; e na segunda pala, as armas da família Silva).
         Em Goiás: os Sá de Goiás (que não são nossos parentes) procedem de uma história “engraçada” de Matias Correia de Figueiredo (ì? - Braga 1783- Pirinópolis - GO), que na quarta década do séc. XVIII foi para Sorocaba - SP, e casou com Escolástica dos Santos Robalo, de Sorocaba. Este Matias, por motivos decorrentes de relações ilícitas com uma nobre dama sorocabense, “abandonou” a cidade, e rumou para Goiás, onde “adotou” (por meios “estranhos ou ilegais”) o nome de Alexandre Pinto Lobo de Sá (“bom disfarce”), estendendo-se aos seus descendentes o pseudo-sobrenome Sá (fonte: J. Jayme, Pirinópolis, I, 289).
Linha Africana: a família do Coronel Francisco José de Sá (ì1861 ?) (“Chico Sá” - “forro”), filho de José Joaquim de Sá & Joana Inácia Guerra [escrava liberta por 350$000, em 1859]. “Chico Sá”, liberto, mediante quantia de 32 oitavas de ouro; “Chico Sá” casou-se (em 1886 – Pirinópolis -GO) com Antônia Lina da Costa, deixando vários filhos.
         Em Pernambuco: os Cristãos Novos (o sobrenome Sá foi usado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497) – a exemplo da família de Antônio Maia de Lima [Tabelião do Público e Judicial de Barcelos] (filho de Duarte Fernandes do Rego & Branca Maia de Lima) que se casou com Isabel Dias de Sá (filha de Francisco Rodrigues Mercador & Gracia Dias > sendo esta filha de Diogo Pires & Ouro Inda (ambos judeus) residentes em Barcelos, convertidos ao catolicismo, em 1497) e tiveram filhos.
         No Rio de Janeiro: a família de Pedro de Sá (ì+/-1590 1686-RJ), filho de Pedro Rafael & Maria de Sá. Pedro de Sá casou-se (+/-1626) com Guiomar do Souto e tiveram filhos.
         Há registros (feitos pelo genealogista Rheingantz, III, 129) de mais de 10 famílias Sá nos séculos XVI e XVII no Rio de Janeiro. Cabe registrar Mem de Sá (ì+/-1493 1552), 3º Governador Geral do Brasil, era irmão do poeta Francisco de Sá de Miranda (ì1495 1558), ambos filhos de Gonçalo Mendes de Sá (sétimo neto do citado Rodrigo Annes de Sá - patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Também a família Corrêa de Sá, que teve princípio com o casamento de Gonçalo Corrêa & Felipa de Sá (sendo ela filha de Martim de Sá, e, por via deste, oitava neta do citado Rodrigo Annes de Sá - patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Parente dos Corrêa de Sá e de Mem de Sá registra-se: Estácio de Sá (ì? 1567) (era filho de Álvaro Pires de Sá, e 8° neto do citado Rodrigo Annes de Sá, patriarca de nossa família Sá, em Portugal). Estácio de Sá (em 1565) foi fundador da Cidade Velha, no Morro Cara de Cão, hoje bairro da Urca no Rio de Janeiro, faleceu combatendo os tamoios, na batalha de Uruçumirim, onde hoje é a praia do Flamengo. No mesmo ano (1567), seu primo Mem de Sá (acima citado), fundava a Cidade Nova, no Morro do Januário, depois Castelo; sendo - Salvador Corrêa de Sá (outro parente) o 1º Governador da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Linha Indígena: a família de Artur de Sá (não sei se o mesmo governador citado anteriormente no Rio e posteriormente no Maranhão), que teve filhos no seu primeiro casamento com Maria Fernandes (“mameluca”) (em 1620), e filhos no seu segundo casamento com Esperança (“mameluca”) (em 1622).















Heráldica: I - um escudo enxadrezado de prata e de azul, de seis peças em faixa e sete em pala (Anuário Genealógico Brasileiro, IX, 299);
II - um escudo enxadrezado de vinte e uma peças de azul.
ARMAS: a família Sá traz um brasão xadrezado de prata e azul, de cinco peças em faixas e seis em pala. Timbre um búfalo de prata sainte, enxadrezado de negro armado de prata e com uma argola de ouro nas ventas (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 110).
     ou     

              Esta pesquisa está sendo atualizada, faltando informações, pois minha avó Eurísia de Sá faleceu cedo (ì09/3/1918 - Cantagalo - RJ 06/5/1969; 5h 15min – Friburgo - RJ de hemorragia cerebral) e tinha somente uma irmã – Conceição de Sá. Foram criadas numa antiga fazenda em Monnerat (o nome deveria ser fazenda “Bandeirantes”??? – segundo o que minha mãe conseguia se lembrar); e elas (minha avó e sua irmã) foram separadas ainda muito pequenas (lá em Monnerat  - Duas Barras –RJ).
 Obs: sobre Monnerat – Em 08/11/1859 começava a ser construída a Estrada de Ferro que ligaria Niterói a Cantagalo. Nesta época as grandes vedetes da Corte eram as locomotivas. Em 1857 o Barão de Nova Friburgo possuía 23 fazendas entre Nova Friburgo e Cantagalo e palacetes como o Palácio do Catete no Rio de Janeiro. Entre outros interesses do Barão, ele assumiu a Sociedade Anônima-Estrada de Ferro Cantagalo mais ou menos em 1860. Entre 12/3/1870 e 18/12/1873 foram realizadas as obras da estrada de ferro entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, o trem ia até a Tapera e a localidade de Monnerat. O prolongamento da estrada de ferro, daí até Santa Maria Madalena, passando por Cantagalo até Macuco foi inaugurado em 16/9/1876. Assim o progresso começou nestas áreas próximas a Monnerat.
               Um censo feito em 1872, mostra que havia 3091 pessoas em Duas Barras (e Monnerat), sendo 1886 livres (41% homens = 1270 e 20% mulheres = 616) e 1205 escravos (24% homens = 741 e 15% mulheres = 464) e que 80% da população destas áreas, eram analfabetas. Ainda nesta pesquisa constam 159 estrangeiros (102 africanos escravizados; 41 portugueses; 11 italianos e 5 alemães).
               O trem trouxe também professores, que lecionavam em escolas públicas e em fazendas. Em 1879 já existiam oito professores: João Soares da Silva; Augusta Amalia da Costa Botelho; Serafim José Botelho; Simplícia Maria Vieira; Joaquim Fernandes de Oliveira; Claudino José das Chagas Ramalho; o vigário José Sebastião Moreira Maia e Manoel Antunes Dragueiro e Sá (este provavelmente parente ou antepassado de minha avó, devido ao único registro de Sá da região naquela época.???).










Obs: Família Thomaz do Cantão de Fribourg, Suíça, estabelecida na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, para onde passou Jacques Thomas [c.1799, Fribourg -], contratados na qualidade de colonos para trabalhar na Colônia do Morro Queimado, segundo tratado de 11/5/1818, assinado por Sebastien-Nicolais Gachet, encarregado dessa missão por seu governo na Suíça, junto à Sua Majestade, no Brasil. Desta colônia, originou-se o Município de Nova Friburgo - RJ. Compunham o grupo de colonos que embarcaram para o Brasil, entre 11/9/1819 e 10/10/1819, em sete navios: Camillus (com 119 colonos); Daphiné (197 colonos); Debby Elisa (233 colonos); Deux Catherine (357 colonos); Elizabeth-Marie (228 colonos); Heureux Voyage (442 colonos) e Urania (com 437 colonos).

S1) Descendência de João Thomaz de Sá (ì +/- 1873 +/- 1921) & Emília Chagas (ì+/- 1877 +/- 1921):

          Meus bisavós maternos morreram provavelmente em Cantagalo – RJ (ou Duas Barras, Monnerat ou Macuco ?!), já que naquela época todos os registros de nascimento ou óbito eram feitos em Cantagalo - RJ pela Igreja Católica ou “Cartórios”. João Thomaz de Sá morreu com aproximadamente 48 anos e Emília Chagas com aproximadamente 44 anos, quando minha avó Eurísia (filha deles) tinha menos de 3 anos, deixando-a órfã e sua irmã Conceição de Sá mais velha que minha avó aproximadamente uns 2 anos, ambas acabaram sendo separadas ainda pequenas e criadas separadamente em locais diferentes.
Filhas: S11) Eurísia de Sá (ì09/3/1918 -Cantagalo-RJ 06/5/1969 -Friburgo-RJ) (minha avó) e S12) Conceição de Sá (ì ??/?/191?-Cantagalo-RJ).




Foto de Eurísia de Sá: 

S1-1)Descendência de Eurísia de Sá (ì09/3/1918–Cantagalo  06/5/1969 –N. Friburgo)A11) Manoel de Abreu Junior (ì 08/01/19?? 193?): (Meus avós maternos)

Filha única (veja pág. 18):
SA1-1-1) Maria Adair de Abreu Teixeira (ì26/5/1939 16/7/2009 em Friburgo) - minha mãe.

          Minha avó materna Eurísia de Sá morou com sua filha Maria Adair (minha mãe) na antiga Rua Baronesa n° 88 casa 2 até o casamento de Maria Adair.  Avó Eurísia trabalhou muitos anos fazendo comida (refeição) para fora, com muita fartura (dizia meu pai Waldemar), em um fogão a lenha (carvão), num espaço sob a residência da família Rangel (na mesma e antiga Rua Baronesa em Nova Friburgo), espaço esse cedido por Dr. Rangel e Dona Lourdes.
         
 Reconhecida mais tarde pelo seu trabalho, por estes dois grandes amigos ou “Anjos” (que consideramos como parentes), ambos nascidos no Rio de Janeiro (antigo DF) Dr. Raul Pereira Rangel (ì31/8/1911 08/9/2003) {na época um dos diretores adjuntos do SNNF} e sua esposa Maria de Lourdes Muniz Rangel (ì23/4/1916 18/4/2001), ambos de grande coração, indicaram minha avó Eurísia para trabalhar na lavanderia e refeitório do HT do SNNF (Hospital dos Tuberculosos do Sanatório Naval de N. Friburgo) {matrícula no SNNF n° 1.936.418 com as seguintes funções e datas: lavadeira em 01/01/1952; lavand. e refeitório em 31/7/1953; serviçal nível 5.A. em 12/7/1960 até sua morte em 06/5/1969} – veja as duas fotos abaixo – uma externa e outra interna da lavanderia do HT do SNNF.
         Minha madrinha de casamento Regina Pereira Rangel (filha deste casal > Raul e Lourdes) foi desde infância e é até hoje amiga-irmã de minha mãe Adair, assim também como os demais irmãos de Regina > Rodrigo, Ricardo e Raul (já falecido). Ricardo Muniz Rangel num e-mail enviado em 11/9/2007 para mim disse: - vendo a foto de sua avó, me lembrei daqueles bons tempos e até das broncas que sua mãe levava quando fazia alguma coisa errada, coisa da qual nós, certamente, éramos co-autores.  Dizia sua avó (Eurísia): "eu te belisco, Adairzinha!"
 
             Lembro-me que ia buscar minha avó Eurísia, lá (SNNF) todo final de tarde com minha mãe, e pelo caminho, na subida do Sanatório, eu ia pegando “pinhas” pela estrada.
            Até hoje gosto de “pinha cozida”. Ganhei dela um carrinho do Corpo de Bombeiros (inesquecível). Como cozinhava muito bem (por isso também a minha mãe herdou este costume), fazia super festas para mim, com muitos doces (uma bolinha de mamão verde cristalizado...), fantásticos bolos (sempre com motivos interessantes) e junto com uma antiga amiga dela (Maria Augusta) inesquecíveis e artesanais empadinhas (meus aniversários eram ótimos!). Sobre estas empadinhas citadas anteriormente, Ricardo Muniz Rangel também no mesmo e-mail do dia 11/9/2007 (citado na página anterior...) disse: - Você falou sobre as empadinhas. Disto eu me lembro muito bem. Como eram saborosas!
No outro dia, eu comí uma empadinha ótima numa lojinha aqui de Brasília e comentei com Jacira (esposa de Ricardo) que a empadinha estava muito boa, mas não se comparava àquelas, de Friburgo, feitas por sua avó (Eurísia).
Da. Eurisia era uma excelente cozinheira e acho que mamãe (D. Lourdes) aprendeu muito com ela.
Amigão, como é bom a gente poder ter saudades! É sinal que vivemos bons momentos que nos marcaram muito.
Não deixemos nunca que as saudades sejam alimentadoras de sentimento de tristeza, mas sim de agradecimento a Deus por nos ter permitido desfrutar de tantas alegrias!
          Em Outubro de 2008, vasculhando documentos antigos com minha mãe Adair, encontramos uma das receitas originais destas empadinhas, manuscrita com a própria letra de minha avó.
          O mesmo valor e reconhecimento pelo trabalho dado por Dr. Rangel e D. Lourdes (mencionados anteriormente), se repetiu na amizade feita pelo Dr. Pedro Rodrigues (pediatra) e sua esposa Eda (na época vizinhos de minha avó Eurísia), que também “pegavam pensão” nos alimentos feitos por ela (Eurísia), gerou uma nova relação de amizade entre eles, tendo como consequência o convite feito por minha avó, para que eles fossem padrinhos de casamento de minha mãe (Maria Adair) aos dezenove anos de idade, na Igreja Santo Antônio na Praça do Suspiro, em 27/12/1958 e assim foi feito.

Na foto ao lado temos dona Eda, o casal Waldemar e Maria Adair e o Dr. Pedro Rodrigues.


  SA1-1-1) Maria Adair de Abreu Teixeira (ì26/5/1939 16/7/2009 -Friburgo):

Minha mãe tinha olhos verdes, única filha deste casal (Eurísia e Manoel). Casou-se com meu pai Waldemar Teixeira (ì05/5/1928 11/01/2012) em 27/12/1958 (data escolhida por meu pai, pois seus pais – Leonor & Antonio – também se casaram nesta data após o Natal). Maria Adair e Waldemar tiveram dois filhos:
(eu) João Angelo©A+ (ì22/02/1960) casado com Rejane Amador ©A+ (ì22/10/1964) e minha irmã Beatriz Maria Teixeira ©B+ (ì19/10/1967) casada com Vicente de Paula Guerra (ì13/5/1963-Sto Antônio do Aventureiro-MG). Maria Adair e Waldemar tiveram um neto: João Vicente Teixeira Guerra (ì09/6/2004) – filho de Beatriz com Vicente.
Adair passou maus momentos, depois de um corte na perna, na enchente de 1996, onde abriu uma ferida de difícil cura até o final de sua vida. Desesperou-se muito, mas graças a Deus, à fé e o companheirismo de meu pai, além dos cuidados sábios e delicados de Beatriz como enfermeira diária e incansável, mamãe teve um quadro estável.
              Gostaria que mamãe tivesse voltado a ser forte intimamente, como sempre fora, batalhadora, super protetora de nós todos de casa, nos defendendo até quando estávamos errados. Mulher de fibra e guerreira impunha sempre seus desejos e vontades sobre nós, na garra ou até nos dobrando com seu jeitinho. Era super legal, exagerando nos presentes que sempre me deu e na comida que fazia e nos mandava (para minha esposa e eu nos deliciarmos com sua culinária...) quase toda semana até seus últimos dias por aqui. Mesmo depois que me casei, ela ainda mandava a “feira” que fazia semanalmente como “presente” para minha esposa (Rejane) e eu. Cozinhava extremamente bem (foi assim que ela “pegou” meu pai – com um pavê que fez...) fato que herdou de minha avó Eurísia (a boa gastronomia). Assistia aos programas gastronômicos da apresentadora Ana Maria Braga na TV Globo, gravados em 2001 pelo meu pai, em VHS, para ela (enquanto esteve doente em casa – com problemas na perna) e desta maneira aprendendo as mais gostosas receitas.
 Quando solteira mamãe sempre morou com minha avó Eurísia na antiga Rua Baronesa n° 88 na casa 2, e ela trabalhava como balconista e atendente, entre 1954 e 1958, numa loja de doces - “Confeitaria Hamburgo”, situado à Rua Farinha Filho e, posteriormente, à Avenida Alberto Braune, já então com o nome de “Danúbio Azul”; pertencia ao Sr. Henry Moryc e sua esposa Lydia Therezinha Capossi. Mamãe sempre ajudou minha avó. Trabalhou 26 anos como inspetora de disciplina no Colégio Profa Odette Penna Muniz. Todos os professores, diretores e vários alunos gostavam muito dela; sempre manteve a ordem e o respeito na escola onde trabalhávamos juntos (eu era o prof. de ciências desta escola); minha mãe aliás, era a única que conseguia manter a ordem e organizar a escola segundo a opinião dos professores (às vezes só com o olhar dela – os lindos olhos verdes!).
          Logicamente como toda mãe, sempre organizou minhas roupas desde pequeno, me penteava e passava “gumex” no meu “topete” antes de sair e ir para a escola (fez o mesmo em 2007, 2008 e 2009 com o seu neto – João Vicente – e este além de vaidoso e perfumado, gostava do que sua avó Adair fazia!) e me levava e apanhava lá, todos os dias. Quando saía do colégio, às vezes ela me levava à Padaria do Melinho, para comer um super roscão “corujão” da época; às vezes me comprava “japonês” (um biscoito tipo casquinha de sorvete, na porta do colégio Anchieta); de vez em quando passávamos pela Rua Alberto Braune, numa pastelaria e tomávamos um suco de coco, quando não comíamos “churros”.
Incrível que nesta época mamãe e eu éramos “magros”!!! Depois é que engordamos muitos anos à frente (?!).
         Mamãe nos deu um grande susto em 23/6/2008, depois de uma forte dor de cabeça e duas fisgadas posteriores a esta cefaléia, foi socorrida inicialmente por minha esposa Rejane, que chegou primeiro lá na casa dela, seguida por mim, onde acionamos uma ambulância, levando-a para Unimed ao encontro de minha irmã (Beatriz, que estava de plantão neste hospital...), onde foi detectada um aneurisma de grande risco, tranferindo-a no mesmo dia para outra cidade - Itaperuna – RJ, com maior recurso, onde conseguimos salvá-la, no Hospital São José do Avaí. Fizeram uma cirurgia inicial da carótida externa esquerda (aproximadamente 3 horas), dias depois duas intervenções em tentativa de embolização do aneurisma cerebral; por mais de 21 dias internada no HSJA, deprimida, tentando sobreviver e conseguiu, graças a Deus, a equipe excelente de médicos e enfermeiros do HSJA (dos quais muitos se tronaram amigos dela e de mim que fiquei maior parte do tempo lá no hospital de Itaperuna com ela, nos finais de semana Bia também ia para lá, Rejane também nos acompanhou e dormiu no hospital, para eu descansar num hotel, e posteriormente também o Vicente que lá esteve por três dias também alternando comigo). Foi um grande desgaste emocional para todos nós, sendo que papai foi quem mais decaiu com o fato, e o pequeno João Vicente (com 4 anos) sentiu bastante a ausência da avó ao seu lado diariamente.
Mamãe sobreviveu por mais um ano. Quando papai quebrou o fêmur, foi operado e passou por maus momentos, mamãe começou a decair, mas não o largava um só instante, cozinhando, dando-lhe remédios, etc... por mais de vinte dias sofrendo internamente, nos omitiu uma hérnia que encarcerou e a levou a óbito em 16/7/2009 por volta das 7 horas da manhã, no CTI da Unimed de Friburgo, após uma semana de sofrimento pós cirúrgico, anúrica e ligadas a aparelhos. Não resistiu. Seu amor por meu pai (nos seus 50 anos de casada) foi mais forte, ela vendo-o sofrer, se entregou literalmente para partir antes dele. Duro golpe para todos nós!!!  




S1-2) Descendência de Conceição de Sá (ì??/?/191? –Cantagalo.  ??/?/19??) & ???:


Também filha de  João Thomaz de SáEmília Chagas, quando ficou órfã e sua irmã Eurísia de Sá (minha avó materna) e ambas acabaram sendo separadas ainda pequenas, criadas separadamente em locais diferentes. Estou procurando há vários anos, com ajuda de minha esposa Rejane Amador (através de seus amigos dos Fóruns e Cartórios do interior), porém sem sucesso até hoje.

13 julho 2018

ABREU - GENEALOGIA

A B R E U - GENEALOGIA:
(Pesquisa revisada em Outubro de 2011).

ABREU:

              Nosso sobrenome Abreu é de origem geográfica. Abreu é considerado de origem germânica: “Avredo” vem do gótico “avi”, que significa “graça”, mais o termo “redo”, que significa “proferir” ou “dar”. O genealogista Förstemann, col. 218 registra o nome de um bispo hispânico do séc. VII (?). Nossa família Abreu recebeu este sobrenome da Quinta de Abreu, propriedade localizada na Freguesia de São Pedro de Merufe, termo de Monção (Portugal). Um dos mais antigos fidalgos em nossa família que se tem registro era Gomes de Abreu, pai de Rui Gomes Abreu e de Garcia Gomes de Abreu (não encontrei o nome da mãe de ambos). Ele (Gomes de Abreu) era contemporâneo do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1139-1145), e residiu na Quinta de Abreu. A família Abreu cresceu e se espalhou nas casas do Alto Minho, nas principais casas de Portugal, sobretudo pelo Alentejo e em muitas estrangeiras, onde tiveram bens de grande importância. Na Europa e em outras terras, a família empregou o seu esforço e derramou o seu sangue, conforme mostram crônicas, chancelarias régias e as ordens militares. Um ramo importante de nossa família foi o dos Senhores de Regalados, que passaram pela Espanha, depois de 1640, e lá receberam o título de Conde de Regalados; consta aqui (neste período e fato) o casamento de Diogo Gomes de Abreu & Leonor Viegas do Rego, de quem descenderam os senhores do Paço de Anquião, os das Casas do Amial, de Mós e da Carreira - Abreus & Limas e Abreus & Távoras.
              D. João Ribeiro Caio (bispo de Malaca) escreveu a seguinte trova:
                      Senhores de Regalados
                      são estes, mas mais antigos
                      foram sempre esforçados
                      cavalleiros e amigos
                      dos Reis da Patria passados.
              E Manuel de Sousa da Silva esta quintilha:
                      Sobre o Minho fundada
                      está a torre de Abreu
                      que seu nome illustre deu
                      A geração que estimada
                      para Regalados veio.

               Alguns genealogistas consideram que a família Abreu é descendente dos condes de Evreux (???), que são muito antigos. Principia esta família em Gonçalo Martins de Abreu ou Evreu, natural da Cidade de Evreus, na Normandia (França), e descendente por varonia dos condes de Evreus. Foi um dos companheiros do conde D. Henrique de Borgonha, e Mordomo-Mor da Rainha D. Tereza, em 1128, e de seu filho D. Afonso Henriques (1.º Rei de Portugal). General de Batalha, que combateu aos castelhanos na Veiga da Matança, que tomou este nome pela grande mortandade que ali houve de castelhanos na dita Veiga (fica perto dos Arcos de Valdeves). Por este fato, o Rei lhe presenteou com a Torre e a Casa da Grade. Estabeleceu-se na Freguesia de S. Pedro de Marufe, termo de Monção, onde fundou a Torre de Abreu e quinta e couto na Aldeia de Morufe. Várias foram às famílias (em várias ocasiões) que passaram com este sobrenome para vários estados no Brasil. Logicamente não se considera todos os Abreus existentes aqui no Brasil (mesmo vindos de Portugal), como sendo nossos parentes, pois são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Abreu. Um exemplo deste fato é que minha mãe (Maria Adair) é Abreu e o meu “tio” (Benardino casado com tia Siloé) também é Abreu (de Guimarães em Portugal) e não são parentes diretos. O mesmo fato se aplica na arte heráldica; não se pode considerar que um Brasão de Armas de um antigo Abreu, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, pois não possuem a mesma origem.
              Aqui no Brasil, registra-se a família ABREU nos seguintes locais:
          Em São Paulo: a família de João de Abreu (†1614), natural da Ilha Terceira. Sobrinho do prelado Bartolomeu Simões Pereira, primeiro administrador do bispado de São Sebastião do Rio de Janeiro. Chegou a Santos - SP em 1568. Em 1575 esteve no Rio de Janeiro. Casou-se em Santos com Isabel de Proença Varela. Exerceu o cargo de feitor e almoxarife da fazenda real (de 1597 a 1613) das capitanias de Santo Amaro e São Vicente e cargos na Câmara de Santos. Foi governador do gentio, tomou parte nas jornadas de Cabo Frio (em 1575) e de Paranaguá (em 1585), ambas dirigidas pelo capitão-mor Jerônimo Leitão. Obteve no litoral vicentino duas sesmarias, sendo a última em 1614.
          Na Bahia: registra-se a família de Antônio de Abreu Garcês (ì1629 †?), que deixou descendentes com sua esposa Mariana de Góes (filha de Gaspar Pinto de Gois).
          Em Pernambuco: antes da invasão holandesa (em 1630), registram-se as irmãs de Antônio Bezerra Barriga - Ignez de Brito (com descendência Abreu), Isabel Pereira (com descendência Abreu) e Joana de Abreu. Também a família de Paulo D’Abreu (Cristão-Novo), viveu em Igaraçú [foi escrivão de alcaide].
          No Maranhão: destaca-se o Pe. Manuel de Abreu (ì25/02/1682 Recife - PE †12/8/1759) missionário jesuíta que defendia os índios no Maranhão. Manuel de Abreu foi um dos heróis da guerra holandesa, era capitão e feriu-se na segunda batalha de Guararapes (1649).
          No Pará: a família de Francisco Baião de Abreu, um dos pioneiros e inspirador do Brasão de Armas da Cidade, organizado em 1625, por Bento Maciel Parente. Pedro Baião de Abreu era Capitão de Infantaria, logo após a fundação de Belém, participou das lutas de expulsão aos estrangeiros na região norte da Amazônia. Em 1636, acompanhou Pedro Teixeira em sua “conquista do rio Amazonas”. A família do Coronel Geraldo José de Abreu (ì1779  Belém -PA †13/3/1857 -idem), filho de Domingos Rodrigues de Abreu [oficial da Secretaria do Governo], e de Antônia Rodrigues de Abreu, natural do Pará.
 «Faleceu nesta data (13/3/1857) na cidade de Belém o coronel Geraldo José de Abreu, cujo passamento ocorreu às 21 horas, sendo o seu corpo sepultado no dia seguinte no cemitério da Soledade. Geraldo José de Abreu, falecido no cargo de vice-presidente da província (6º), cavaleiro professo na Ordem de Cristo e coronel do 4º regimento de infantaria de 2ª linha (1820), era natural do Pará, onde nasceu em 1779, filho de Domingos Gonçalves de Abreu e de D. Antônia Rodrigues de Abreu, mulher deste, também natural do Pará. Por provisão do governador do Pará, D. Francisco de Souza Coutinho, de 01/01/1796, foi nomeado 1º oficial da Secretaria do Governo, na vaga de seu pai, que, por invalidez, pedira demissão do lugar; por provisão de 31/3/1798, passou a 2º oficial da mesma Secretaria; exercendo finalmente, pouco depois, o cargo de secretário do Governo. Geraldo José de Abreu, que foi coronel de milícias, membro do Conselho presidencial e comendador de Cristo por decreto de 18/10/1829, fez também parte da Junta Provisória do Governo. Era proprietário da fazenda “Arapari”, no rio do mesmo nome, com engenho de cana de açúcar, assolada pelos Cabanos em 1835, que seus herdeiros venderam a Gomes Antônio Correia (o Mucurão), de quem a adquiriu Henrique de la Rocque» (fonte: Manuel Barata, Efemérides, 54).
          Incluído como Porta-Bandeira do 1º Regimento de Milícias de Belém. Promovido a Capitão da 1ª Companhia de Tropa Ligeira de Milícias de Portel (em 13/3/1801). Tenente-Coronel da Tropa ligeira de Milícias da Vila de Portel (em 12/9/1811). Transferido para o mesmo posto de Tenente-Coronel da Tropa Ligeira de Milícias do Distrito da Vila de Gurupá (em 22/5/1812). Serviu interinamente de Secretário do Governo, pela primeira vez (em 17/12/1814) e pela segunda vez (em 17/12/1817). Promovido a Coronel do Corpo da Tropa Ligeira de Milícias da Vila de Gurupá (em 12/5/1815), com patente expedida em 30/5/1817, mandada cumprir em 07/01/1818. Transferido para o 4º Regimento de Infantaria de Linha de Macapá (decreto régio de 13/5/1818). Comandante do 4º Regimento da 2ª Linha, em Belém (1821). Aderiu à revolução Constitucionalista do Estado do Pará. Secretário da Junta do Governo do Pará (1821-1822). Membro da Junta Provisória do Governo do Pará (posse em 18/8/1823). Comandante Militar de Santarém (em 12/10/1827). Membro da Comissão Especial, nomeada pela Assembléia Legislativa do Pará, para o exame das contas da Tesouraria Provincial, que gerou documentos (52 páginas) que foram publicados em 1839 (Pará). Na qualidade de Juiz Municipal, faz correição nos livros da Ordem Terceira de São Francisco (10/5/1840). Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Pará (1848). 3º vice-presidente da Província do Pará (em 11/3/1848); posse em 03/4/1850. Em 1832, residia à Rua da Rosa, em Belém. Comendador. Foi dispensado para receber o hábito da Ordem de Cristo, na Igreja da Catedral de Belém do Pará, por decreto de 08/10/1810. Comendador da Ordem de Cristo (em 18/10/1829). Cavaleiro da Ordem de Cristo. Teve mercê de uma sesmaria no Rio Gurupi (15/02/1822). Teve filhos do seu casamento com Brites Xavier de Azevedo (??/4/1847), filha do major José Xavier de Brito. Foram pais do Capitão Manuel de Almeida Coutinho e Abreu (+/-1800, PA), alferes da 5ª Companhia do Corpo de Tropa Ligeira de Milícias da Vila de Gurupá (03/01/1818-PA). Em 22/5/1849 (Belém-PA) casou-se com Ana Maria dos Santos (viúva de Cipriano Ribeiro Freire). Houve outras famílias com este sobrenome, originárias da praça de Mazagão, na África, que se estabeleceram em 1770 no Pará. Primeiro exemplo: a família do capitão Luís Lourenço de Abreu (+/-1724), Alcaide-Mor da Praça de Mazagão (África). Professo na Ordem de Cristo. Capitão de Infantaria da mesma Mazagão. Foi pai de Catarina Maria Loureiro de Abreu, que passou ao Pará (em 1770), casada com o alferes Lourenço Arraes de Mendonça, da importante família deste duplo sobrenome, também originária de Mazagão. Segundo exemplo: a família do Capitão Manuel Joaquim de Abreu, Capitão de Infantaria de Macapá (Amapá- em 04/11/1792), Governador de Macapá (em 19/9/1810) e Sargento-Mor (1825). Deixou geração com sua esposa Felícia Joaquina da Costa (filha do Cirurgião-Mor Julião Alves da Costa & Maria Joaquina de Almeida). Entre outros, foram pais do Padre Julião Joaquim de Abreu [1º protomissário da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência] (em 24/02/1867-PA).
          Em Sergipe: há registros de Brás de Abreu, companheiro de Cristóvão de Barros, na conquista de Sergipe (em 1590). Obteve em recompensa uma sesmaria naquelas paragens (em 15/5/1623).
          Na Bahia: os Cristãos Novos (o sobrenome Abreu foi usado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã - a partir de 1497) a exemplo da família de Manuel de Campos Abreu, que vivia de sua fazenda; por ser judeu convicto foi torturado e morto nos cárceres e queimado em estátua com seus ossos (em 1669); deixou geração (fonte: Raízes Judaicas, 65).
         Nobreza Titular: Francisco Bonifácio de Abreu (ì29/11/1819 -Bahia †30/7/1887 -Rio de Janeiro) [médico]. Foi político no regime monárquico pelo Partido Conservador. Deputado na Assembléia Legislativa, pela Bahia, em seis legislaturas (14ª, 1869-1872; 15ª, 1872-1875; 16ª, 1877; 18ª, 1881-1884; 19ª, 1885 e 20ª, 1886-1887). Presidente das Províncias do Pará (de 01/7/1872 a 17/4/1873) e de Minas Gerais (de 10/01/1876 a 23/01/1877). Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão de Vila da Barra (decreto de 06/9/1870) e barão com honras de grandeza da Vila da Barra (decreto de 15/11/1876).
          No Rio Grande do Sul: ainda dentro da Nobreza Titular a família de Francisco Pedro de Abreu (ì23/3/1811- Porto Alegre -RS †07/7/1891- Porto Alegre -RS) (“Chico Pedro - o moringue”), filho de Pedro José Gomes de Abreu (ì?? †12/8/1854) (“dos Abreu de Melgaço”) casado (em 21/4/1800) com Maria Alves de Menezes (ì06/9/1779  †07/5/1842). Foi agraciado (decreto de 25/3/1845) com o título de barão de Jacui. Casou-se e teve 10 filhos com sua prima Amélia de Araújo Brusque (filha do coronel Francisco Vicente Brusque do Rio Grande do Sul & Delfina Carlota de Araújo Ribeiro). Cabe registrar, ainda, José de Abreu (ì1771-Porto Novo -RS †20/02/1827 -Passo do Rosário - em batalha) [militar] filho de João de Abreu & de Maria de Souza (ambos portugueses). Alferes (decreto de 14/11/1802), sendo então “porta estandarte” do regimento de dragões. Tenente-Capitão graduado (29/7/1811). Tenente-Coronel do regimento de cavalaria miliciana de guaranis da província de Missões (20/01/1813). Graduado como Brigadeiro (em 27/8/1819) e como Marechal de Campo por duas vezes (em 01/3/1820 e em 12/10/1824). Fez as campanhas de 1801 a 1812. Comandante militar de Entre-Rios (1814). Governador das Armas da província do Rio Grande do Sul (??/11/1822). Foi agraciado (decreto de 12/10/1825) com o título de barão de Serro Largo. Teve quatro filhos do seu casamento (em 1837 - Porto Alegre - RS) com Maria Feliciana da Silva (ì?? - Santa Catarina) [baronesa de Serro Largo], filha de Antônio da Silva & Maria Inácia da Conceição. Por parte de um dos seus filhos, descendem os Abreu Cardoso e os Abreu Coelho.
          No Rio de Janeiro: a família de Antônio de Abreu (ì+/- em 1575) que se casou com Beatriz Alvares (o genealogista Rheingantz, em “Famílias do Rio de Janeiro”, I, 1; registrou mais de 29 famílias com o sobrenome Abreu, nos sécs. XVI e XVII), e deixaram numerosa descendências aqui no Estado. Linha Indígena: na casa de Sebastião Correia [mestre de açúcar de +/-1618] há registros de Apolônia (“mameluca”) que teve filhos (1618) com Domingos de Abreu. Linha Africana: há registros de Isabel Maria (“parda forra”) filha de Maria de Abreu (“forra”) [ex-escrava] de Marcelo de Abreu, de quem se adotou este sobrenome; em 1742, no Rio de Janeiro, ela casou-se com Manuel Fernandes de Andrade (ì1691- RJ †?). Outra família, a de Antônia de Abreu (ì +/- 1627) (filha escrava de Domingos de Abreu & Isabel) foi casada (em 1645 -Rio de Janeiro) com Antônio da Costa (ì?? em Portugal).
          Em Rio Bonito -RJ, há registros das famílias de: Dario Antônio de Abreu (ì1838-Rio Bonito-RJ †?) [pedreiro], pardo, filho de Catarina [que foi escrava de Bernardino Constâncio Quintanilha]; ele (Dario) casou-se (em 20/02/1886- Rio Bonito) com Luiza Maria da Conceição (ì1863-Rio Bonito-RJ †?), parda, filha de Floriana [que foi escrava de Joaquina Maria da Conceição]; e José Félix de Abreu (ì1853-Rio Bonito-RJ †?), “negro livre”, filho legitimado por subsequente casamento de Raimundo Félix de Abreu e Ana Maria do Espírito Santo. Este (José Félix) casou-se (em 06/5/1882 - Rio Bonito-RJ) com Martinha Joana da Conceição (ì1854-Rio Bonito †?), “negra livre”, filha de José Joaquim Viegas de Souza & Luiza Maria da Conceição. Cristãos Novos: o sobrenome Abreu de uma família de origem judaica, proveniente do Marrocos, estabelecida no Rio de Janeiro, no final do século XIX, por onde passou Leão Abreu, que requereu em 1883 uma Carta de Naturalização; era pai de Carlota Abreu (ì01/5/1874  †18/01/1904-Rio de Janeiro). No livro: “Raízes Judaicas no Brasil” (de Flávio Mendes de Carvalho- pág. 65), há registros de 13 pessoas de sobrenome Abreu, condenadas nos Autos-de-Fé, por “crime de serem judeus”.

Heráldica: I - Antigo: um escudo em campo vermelho, com três asas de ouro;
II – Vários outros: um escudo em campo vermelho, com cinco asas de ouro.
Timbre: uma asa do escudo. Século XV: I - de Fernão Gil - Brasão de Armas (em 1466): um escudo esquartelado: no primeiro quartel, as armas primitivas da família Abreu (acima item I); no segundo quartel, as armas de Portugal; no terceiro quartel, as armas do Reino de Leão; no quarto quartel, as armas do Reino de Castela; II - D. João Afonso, senhor de Albuquerque. Século XVI: III - de Nicolau de Abreu - Brasão de Armas (em 29/12/1531): um escudo em campo vermelho com cinco cotos de asas (pedaços da asa) de ouro, em aspa (ou seja, em X), com as pontas para baixo. Diferença: uma brica de prata e nela outra brica de vermelho. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife de ouro e vermelho. Timbre: um dos cotos das armas; IV - de Diogo de Abreu - Brasão de Armas (em 12/12/1535): um escudo em campo vermelho, com cinco cotos direitos de águia, em ouro, colocados em aspa (em X). Diferença: uma dobre brica de prata e azul. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife de ouro e vermelho. Timbre: um dos cotos das armas; V - de Antão Nunes de Abreu - Brasão de Armas (em 28/8/1535): um escudo esquartelado com as armas da família Rego [1o e 4o quartéis] e da família Abreu [2o e 3o quartéis] - iguais às de Diogo de Abreu. Diferença: uma brica de prata e nela um “A” em preto. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife de ouro, verde e vermelho. Timbre: um dos cotos; VI - de Diogo Nunes de Abreu - Brasão de Armas (em 30/8/1535): um escudo esquartelado com as armas da família Rego [1o e 4o quartéis] e da família Abreu [2o e 3o quartéis] - iguais às de Diogo de Abreu. Diferença: uma brica de prata e nela um “G” em preto. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife de ouro, verde e vermelho. Timbre: um dos cotos; VII - de Luiz do Rego de Abreu - Brasão de Armas (em 23/12/1535): um escudo esquartelado com as armas da família Rego [1o e 4o quartéis] e da família Abreu [2o e 3o quartéis] - iguais às de Diogo de Abreu. Diferença: uma brica de prata e nela um “L” em preto. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife de ouro, verde e vermelho. Timbre: um dos cotos; VIII - de Jorge do Rego - Brasão de Armas (em 21/02/1539): um escudo esquartelado com as armas da família Rego [1o e 4o quartéis] e da família Abreu [2o e 3o quartéis] - iguais às de Diogo de Abreu.
Diferença: um trifólio de ouro picado de azul. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife de ouro, verde e vermelho. Timbre: um dos cotos; IX - de Francisco de Abreu - Brasão de Armas (em 10/3/1542): um escudo em campo vermelho, com cinco cotos direitos (pedaços da asa) de águia, em ouro, colocados em aspa (em X). Diferença: uma flor de lis de prata. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife de ouro e vermelho. Timbre: um dos cotos das armas; X - de Simão de Abreu Pereira - Brasão de Armas (em 25/5/1542): um escudo em campo vermelho esquartelado: nos primeiro e terceiro quartéis, as armas da família Pereira; nos segundo e terceiro quartéis, as armas da família Abreu - com cinco cotos direitos de águia, em ouro, colocados em aspa. Diferença: uma flor de lis de prata. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife de ouro, prata e vermelho. Timbre: dos Pereiras; XI - de Lopo de Abreu - Brasão de Armas (em 04/3/1585): um escudo em campo vermelho, com cinco cotos direitos de águia, em ouro, colocados em aspa (em X). Diferença: uma meia brica de prata, e nela uma estrela azul.
ARMAS: nossa família Abreu traz um brasão em vermelho, com cinco asas de ouro em sautor; timbre - uma asa do escudo. Anteriormente o brasão era em vermelho com três asas de ouro. 
   



























(Pesquisa incompleta; faltam informações do meu avô materno Manoel de Abreu Jr, que morreu jovem).

A1) Descendência de Manoel de Abreu  & Adelaide Abreu :
(Meus bisavós maternos)
Filhos: A11) Manoel de Abreu Jr (ì08/01/19?? †193?) (meu avô materno); A12) Cecília de Abreu (†1999); A13) Sílvia de Abreu (†); A14) Maria Conceição de Abreu (ì07/9/1905 †); A15) José de Abreu (†- trabalhava numa lavanderia “Moderna”); A16) João de Abreu (trabalhava em padaria) (†); A17) Ercílio de Abreu (†- trabalhava numa padaria “Rio Branco”) e A18) Carmem de Abreu (†).

 A11) Descendência de Manoel de Abreu Jr (ì08/01/19??  193?) & Eurísia de Sá (ì09/3/1918-Cantagalo 06/5/1969-Friburgo):  

(Meus avós maternos)
Filha (veja pág. 12):
SA1-1-1) Maria Adair de Abreu Teixeira (ì26/5/1939 †16/7/2009 -Friburgo), minha mãe tinha olhos verdes, única filha deste casal.
Netos: eu e minha irmã Beatriz Maria Teixeira Guerra (“Bia”).
Bisneto: João Vicente Teixeira Guerra.











Foto Manoel de Abreu Jr.

A12) Descendência de Cecília de Abreu (1999) &  Manoel de ??? (ì Portugal):
                                   (Tia de minha mãe)
Filhos: A121) Adelaide (“maninha”) e outro filho A122) Jorge (???)

A13) Descendência de Silvia de Abreu Nicolau (†) & João Batista Nicolau (asilo-2000):                            (Tia de minha mãe)
Filho: A131) Rosemberg Nicolau (†) casado com (“dinha”) teve dois filhos: A1311)Alexsandro e A1312) Alessandro.

A14) Descendência de Maria Conceição de Abreu (ì07/9/1905) & Victor Pereira Silva:                                   (Tia de minha mãe)
Filhos:
A141) Maria das Graças da Silva Cunha (“gracinha”) (ì12/11/1947) [22-25269045] casada com Luiz Gonzaga Abreu Cunha (ì17/6/1955) têm duas filhas: A1411) Renata Silva Cunha (ì21/3/1985) e A1412) Lívia Maria Silva Cunha (ì17/10/1986).
A142) Maria José (“zezé”).
A143) Célia da Conceição Torres (ì11/12/1929) [22-25269359] casada com Manoel de Assis Castro Torres, têm dois filhos: A1431) Jorge Luiz da Conceição Torres (ì05/7/1957) e A1432) Suzye Catarine Torres Freitas (ì17/8/1963) [22-25265564] casada e tem dois filhos: A14321)Luiz Felipe Torres de Freitas (ì23/3/1987) e A14322) Luizye Torres de Freitas (ì17/5/1985).
A144)Acyr José de Abreu Pereira Silva (“cici”) (ì15/9/1937 †14/10/1989-Friburgo) casado com Tânia Alves da Silva (“taninha”) [22-25269341] e têm três filhos: A1441) Sérgio Vinícius Alves da Silva (ì01/5/1970 †08/6/1990-Friburgo) foi meu aluno no CNSG; A1442) Nelian Fátima da Silva Menezes (ì16/01/1963){professora}[22-25225648] casada com Delcy Carvalho de Menezes (ì18/7/1960) têm três filhos: A14421) Ana Beatriz S. Menezes (ì24/01/1986), A14422) Nathália da Silva Menezes (ì26/4/1988) e A14423) Guilherme José da Silva Menezes (ì21/12/1989); A1443) Alexandre Caetano Alves da Silva (ì07/8/1982). A145) Thereza Silvia da Silva Oliveira (ì06/4/1947) casada com ??? têm filhos: A1451) Gilmar da Silva Oliveira; A1452)Márcia da Silva Oliveira; A1453) Anderson da Silva Oliveira.